Nos últimos anos, termos como “vegano”, “orgânico” e “sustentável” ganharam força e ajudaram marcas a se destacar.

Mas hoje, esse diferencial perdeu fôlego. Comunicar propósito já não é suficiente: é o que consumidor espera das marcas.

O desafio real está em transformar essas bandeiras em algo tangível — em narrativas, experiências e propostas de valor que diferenciem sua marca em um mercado cada vez mais competitivo.

O tamanho da oportunidade fora da bolha

Embora apenas 14% da população brasileira se declare vegetariana, 46% já reduzem o consumo de carne e mais de 60% buscam alternativas para proteína animal. Cada vez mais consumidores buscam alternativas sustentáveis, com menor impacto e alinhadas a hábitos de vida mais conscientes. Isso deixou de ser exceção e passou a ser expectativa.

O insight é claro: o mercado potencial vai muito além de um único nicho. O crescimento está em expandir a conversa, dialogar com públicos mais amplos, que compartilham preocupações sem necessariamente se identificar com os rótulos do movimento.

Por que tantas marcas conscientes parecem iguais

Apesar de partirem de propósitos relevantes, muitas marcas conscientes acabam caindo nos mesmos padrões de comunicação.

O marcado se torna previsível: mensagens que soam repetidas e não criam diferenciação real parecem promessas vazias. Vemos muito:

• Uso de códigos visuais e narrativas repetidos;

• Estética padronizada que comunica sustentabilidade de forma genérica;

• Discurso voltado apenas para quem já compartilha da causa;

• Ênfase no “sem” (sem carne, sem leite, sem agrotóxicos), em vez do “com” (sabor, prazer, conveniência, performance);

O resultado? Marcas conscientes ficam perdidas no ruído, enfrentando saturação de marcas parecidas, sem saber como se diferenciar.

Mudar a conversa: do propósito à experiência

O propósito continua sendo importante, mas sozinho, não sustenta relevância. O diferencial está em conectar causa com experiência:

• Falar de paladar, desejo, estilo de vida;

• Destacar conveniência e performance;

• Usar design para transmitir sabor, textura e estilo, em vez de repetir símbolos previsíveis;

• Construir narrativas inclusivas, que conversem com diferentes comunidades e não apenas com o público inicial.

  
  

Marcas que mudam a conversa deixam de ser apenas conscientes: tornam-se desejadas.

Branding como motor de crescimento

É o branding que transforma propósito em diferenciação. Quando uma marca tem posicionamento claro, narrativa coerente e design consistente, ela ganha percepção de valor. E valor percebido é o que permite crescer em mercados saturados, cobrar mais sem perder competitividade e fidelizar clientes de forma sustentável.

Checklist para marcas conscientes que querem se destacar

• Minha marca fala de benefícios tangíveis (sabor, experiência, conveniência)?

• Minha identidade visual vai além dos códigos “verdes” do mercado?

• Estou criando pontes com públicos fora da bolha sem perder autenticidade?

• Minha narrativa comunica impacto de forma clara e atraente?

• Minha marca convida para experimentar, não só para concordar?

Do básico à diferenciação

Defender uma causa é um propósito relevante que precisa ser compartilhado. Mas uma marca que quer ganhar mercado precisa ir além. O diferencial está em transformar propósito em desejo e relevância.

Vamos conversar sobre sua marca?

Marcas conscientes que crescem são as que sabem transformar propósito em experiências desejadas. Agende aqui um diagnóstico gratuito e vamos construir essa estratégia para o seu negócio.

ESCRITO POR RACHEL LISBOA, FUNDADORA & DIRETORA CRIATIVA.

Fontes que nos inspiraram a escrever esse artigo:

• Pesquisa IBOPE/SVB – Número de vegetarianos no Brasil cresce 75% em 6 anos